Quebra na safra de milho deve impactar compras árabes

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No Brasil, o milho é plantado em diferentes épocas do ano, mas a principal produção se concentra na safra de inverno, colhida entre julho e agosto. É essa safra que atende a demanda internacional

As previsões para a produção brasileira de milho são de quebra neste ano. A última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que na safra 2020/2021 a produção total será de 86,6 milhões de toneladas, uma queda de 15,5% sobre o ciclo anterior.

A Conab atribuiu a redução à baixa ocorrência de chuvas entre os meses de abril e maio. A quebra deve impactar diretamente as exportações, entre elas aquelas que têm como destino países do Norte da África, como o Egito.

Segundo Anderson Galvão, analista e CEO da consultoria Céleres, o volume inicial esperado para exportação do produto brasileiro era de que 40 milhões de toneladas. Esse montante, no entanto, pode ser reduzido para até 18 milhões. “É uma redução de mais de 50% do volume inicial. Por isso, países como o Egito e outros do Norte da África e Oriente Médio, alguns dos principais compradores do milho brasileiro, mas vão ter que buscar fornecimento em outros países, como Ucrânia, Romênia, Rússia”, explicou o consultor.