Protesto de 2 mil trabalhadores da Ecovix bloqueou a BR-392 em Rio Grande (RS)

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No início da tarde, três homens foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles tentaram furar o bloqueio dos trabalhadores, que reagiram

por Karoline Avlla / Rádio Gaúcha

Textos e fotos

Cerca de 2 mil funcionários da Ecovix- empresa que administra o Estaleiro Rio Grande –  atearam fogo em pneus e bloqueiam dois pontos da Zona Portuária, na BR-392, em Rio Grande, em protesto contra o não recebimento de salários. Na manhã desta sexta-feira (4), a empresa informou que não dispõe de recursos financeiros para pagar o salário de novembro, vale-alimentação e primeira parcela do 13º salário aos 6,5 mil trabalhadores.

O comunicado foi distribuído no final da manhã. Com a notícia, trabalhadores deixaram o canteiro de obras. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Benito Gonçalves, conversou com os manifestantes e representantes da Ecovix, que prometeram efetuar o pagamento na noite de segunda-feira (7). O expediente de segunda não deve ser cumprido.

Um dos funcionários informou à reportagem que ainda seguem ocorrendo demissões na empresa e que os demitidos não estão sendo ressarcidos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está acompanhando o trânsito no local. Um grande congestionamento se formou em ambos os sentidos.

No início da tarde, três homens foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles tentaram furar o bloqueio dos trabalhadores, que reagiram. Cinco tiros foram disparados pelo trio. Um trabalhador ficou ferido por estilhaços. Eles foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil.

 

IMG_6195No dia 19 de novembro a empresa emitiu um  comunicado assinado por Cristiano Kok – sócio-diretor da Jackson Empreendimentos, acionista majoritária da Ecovix – confirmou mudanças na gestão da empresa. A partir de agora, a Brasil Plural S/A Banco Múltiplo terá poderes para reestruturar a companhia, em grave crise financeira.

A coordenação das operações fica a cargo de Fábio Vassef, economista e sócio da Brasil Plural. Ele terá o apoio de José Carlos Mendes Lopes na operação do estaleiro; de Massao Myazaki na direção de produção; de Christiano Bastos Morales na área financeira; de João Augusto de Souza Castro na área de recursos humanos; e de Carlos Alberto Moraes e Ciro Julio Schmitt na área de engenharia e suprimentos.

Dois oito cascos de plataformas encomendados – contrato de US$ 3,46 bilhões -, a empresa entregou apenas duas, sendo que a P-67 – a segunda da lista – foi encaminhada para finalização na China depois de um ano de atraso na obra. A P-68 também será feita em solo asiático. O dique do estaleiro sedia os projetos da P-69 e da P-70.

 

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