Prospecção de petróleo é adiada em Pernambuco

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Enquanto as empresas aguardam as licenças ambientais e a exploração é adiada, a UFPE continua os estudos na bacia, iniciados na década de 1970

A queda no preço do barril, a tormenta na Petrobras e o atraso na liberação de licenças ambientais adiaram os planos de exploração de petróleo em Pernambuco. Em março do ano passado se encerrou o prazo para o consórcio Petrobras-Galp decidir se perfuraria poços na Bacia Pernambuco-Paraíba para prospectar óleo. Em 2015, o consórcio comunicou à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que não teria como cumprir o prazo, porque não obteve as licenças ambientais, e pediu uma extensão do prazo. Agora, as companhias têm até agosto de 2017 para perfurar poços.

O consórcio Petrobras-Galp adquiriu três blocos na Bacia Pernambuco-Paraíba na 9ª Rodada de Licitações da ANP, em 2007. Um dos blocos foi devolvido e as companhias decidiram perfurar um poço mais profundo ao invés de dois, com o objetivo de conhecer melhor a geologia da bacia. Além da questão das licenças, o setor do petróleo passa por um freio de arrumação, em função da queda dos preços do óleo.

Toda a cadeia de produção, refino e distribuição foi afetada mundialmente. No Brasil houve uma retração nos projetos de exploração. “Nesse contexto, Pernambuco, como uma área de nova fronteira do petróleo, foi para o final da fila em expectativa de investimentos. A prioridade das empresas, e também da Petrobras, é cortar gastos em novos projetos e manter o pouco investimento em áreas que já produzem até passar o momento de aperto”, observa Antonio Barbosa, doutor em geologia sedimentar pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e um dos pesquisadores da Bacia Pernambuco-Paraíba.