Projeto do Tecon de Rio Grande quer ampliar o tamanho do cais

0
1096
IMPRIMIR
Pedido de autorização do aumento do cais prevê que cada um dos três berços passe a ter 400 metros, somando 1,2 mil metros, com previsão de ser concluído em 2020
Pedido de autorização do aumento do cais prevê que cada um dos três berços passe a ter 400 metros, somando 1,2 mil metros, com previsão de ser concluído em 2020

 

O Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande encaminhará ainda em 2017 para o Ministério dos Transportes e para a Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg) o pedido de autorização do aumento do cais, hoje com 900 metros, divididos em três berços de 300 metros. A ideia é que cada um deles passe a ter 400 metros, somando 1,2 mil metros. A estimativa é que seja possível concluir a ampliação até o final de 2020, segundo o diretor-presidente da companhia, Paulo Bertinetti.

A empresa também espera para os primeiros dias de fevereiro a chegada de três guindastes STS (Ship to Shore Container Crane) e oito RTGs (Rubber Tyre Gantry Crane – guindaste de pórtico sobre pneus). A compra, de US$ 40 milhões, foi realizada com a ZPMC. Bertinetti lembra que, em um espaço de 20 anos, o transporte de contêineres, que era feito por navios de 170 metros, passou a ser realizado por embarcações de 334 metros.

O dirigente projeta que, no Brasil, nos próximos 10 anos, deve haver uma estabilização e a maioria das operações deverá ser feita por embarcações de 334 metros a 368 metros. Nesse sentido, o diretor técnico do porto do Rio Grande, Darci Tartari, recorda que, no ano passado, foram realizadas simulações com práticos, técnicos e Marinha para analisar a viabilidade de manobrar com segurança navios maiores.

Segundo o diretor, é importante definir o tamanho da embarcação que o porto pode acolher, já que os armadores planejam suas escalas levando em conta a capacidade portuária. Uma ordem de serviço que será publicada em breve indicará que o porto rio grandino, dependendo das condições de vento e da corrente marítima, poderá atuar com navios de até 368 metros de comprimento – considerada uma embarcação de maior envergadura, usada fundamentalmente para a movimentação de contêineres.

“No momento que há embarcações desse porte usando o porto, cria-se a condição de Rio Grande ser um concentrador de contêineres”, argumenta Tartari. Assim, o complexo gaúcho poderá receber essas cargas e transferi-las para navios menores, que alimentarão outros portos na área de influência de Rio Grande como, por exemplo, os portos do Cone Sul.