Praticagem de São Paulo preparada para receber o navio CMA CGM VELA nesta segunda (24) no Porto de Santos

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Além de contar com dois práticos a bordo, as manobras nesses navios sofrem limitações por conta de condições meteorológicas (ventos e correntes), requer a constante dragagem de manutenção e o gerenciamento do tráfego para evitar a interferência com outras embarcações

O Porto de Santos receberá, nesta segunda-feira (24/10) a partir das 13h00, o navio CMA CGM VELA, o maior em comprimento a atracar no Porto, com seus 347m. Dois práticos da Praticagem de São Paulo embarcarão para assessorar a manobra até o terminal.

Essa embarcação se aproxima aos da classe New Panamax, navios com 366m de comprimento e 52m de boca, com capacidade para transportar até 14 mil TEUs (unidades equivalentes a um contêiner de 20 pés) em uma única viagem. Esses navios já foram homologados pela Autoridade Marítima para atracar no Porto de Santos cujo maior navio recebido até o momento foi de 340m de comprimento com, em média, 9 mil TEUs.

Bruno Tavares, Presidente da Praticagem de São Paulo, informou que os práticos, desde 2016 estão preparados para manobrar navios maiores, de 366m, após treinamentos, acompanhando a evolução do mercado mundial. “Foram dois anos de estudos para garantir toda segurança, inclusive conversando com comandantes e práticos que operam navios dessas dimensões. Nossos profissionais participaram de simulações em centros de treinamento em Covington, nos Estados Unidos, e em simulador, no tanque de provas numérico da Universidade de São Paulo.”

Nas simulações, os práticos treinaram com navios tripulados, em lagos com relação de profundidade/calado iguais aos do canal de Santos. “É tudo proporcional à vida real, porém em escala reduzida, diferente de um simulador virtual. Você sente os efeitos hidrodinâmicos, diferentes de um simulador de manobras, que é como se fosse um videogame de última geração”, acrescenta Bruno Tavares.

Como a praticagem se adiantou aos desafios, todos estão preparados: “Treinamos bastante, estamos prontos para recebê-los. Claro que consideramos uma operação especial, o risco é maior e a margem de segurança é menor, mas vamos trabalhar com o máximo de cuidado e profissionalismo”, confirma o Presidente.

Desafios

Além de contar com dois práticos a bordo, as manobras nesses navios sofrem limitações por conta de condições meteorológicas (ventos e correntes), requer a constante dragagem de manutenção e o gerenciamento do tráfego para evitar a interferência com outras embarcações. “Não podemos esquecer nenhum detalhe de segurança. Nosso trabalho também depende do trabalho de toda comunidade portuária para buscar o aprimoramento e a eficiência durante essa operação”, destaca o Presidente.

Outro ponto levantado é a chamada janela de atracação. A praticagem usa o estofo da maré para fazer o movimento dos navios maiores buscando garantir mais segurança nas manobras.

Todo o trabalho dos práticos é monitorado no Centro de Coordenação, Comunicações e Operações de Tráfego (C3OT) instalado na sede, com Sistema de monitoramento de tráfego por AIS; Equipamentos de sensoriamento remoto de correntes, de ventos, altura das marés, altura e período das ondas, visibilímetros, batimetria e Redraft, sistema para determinar o calado dinâmico.

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Fonte: Assessoria