Porto seco e concessão de terminal facilitam integração do Mercosul, diz executivo

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O terminal de contêineres em Montevidéu e o porto seco de Rivera foram soluções expostas no painel “Iniciativas para melhorias da logística terrestre de movimentação de cargas” Crédito: Divulgação/Brasil Export

A recente renovação da concessão autorizada pelo governo uruguaio à empresa que opera o único terminal de contêineres do Porto de Montevidéu, e a criação de um porto seco em Rivera foram citadas por Juan Opertti, diretor da Câmara de Zonas Francas do Uruguai, como medidas importantes para facilitar a integração dos países do Mercosul.

Os assuntos foram discutidos durante o painel “Iniciativas para melhorias da logística terrestre de movimentação de cargas”, exposto no Mercosul Export, em Montevidéu, no Uruguai. O Fórum de Logística, Infraestrutura e Transportes ocorreu entre os dias 11 e 13 de setembro, em uma iniciativa do Grupo Brasil Export, com realização da Una Media Group, produção da Bossa Marketing e Eventos e mídia oficial do BE News.

Além de Opertti, participaram da conversa Djalma Vilela, presidente da Multilog e do Conselho do Mercosul Export; Jorge Bastos, presidente da Infra SA.; e José Pedro Pollak, presidente da Administración de Ferrocarriles del Estado (AFE). A moderação foi feita pelo jornalista e diretor de Redação do BE News, Leopoldo Figueiredo.

Ao ser questionado sobre como melhorar a integração entre os países que fazem parte do Mercosul, Opertti disse que a renovação da concessão do Terminal Cuenca del Plata (TCP), operado pela empresa belga Katoen-Natie, por mais 50 anos, é importante porque ele é o único ativo que opera contêineres no Porto de Montevidéu.

O novo contrato, cita ele, garante investimentos em infraestrutura e aumenta a capacidade do porto neste tipo de movimentação. A concessão foi renovada pelo governo uruguaio em abril do ano passado, incluindo investimento de US$ 460 milhões no terminal nos próximos anos, ampliação da capacidade e redução de tarifas.

Outra iniciativa uruguaia que irá beneficiar o Brasil, segundo ele, é a criação de um porto seco em Rivera, que poderia impactar positivamente o crescimento da região e as atividades do Porto de Montevidéu, atraindo novos empreendimentos e oferecendo vantagens aos empresários brasileiros.

O projeto consiste na construção de um terminal intermodal para melhorar a logística e distribuição das importações do Brasil com destino ao porto de Montevidéu. A área alfandegada funcionaria como um centro local de recepção, armazenamento e distribuição.

A conexão terrestre também permitiria aos operadores movimentar cargas em trânsito do Brasil, Argentina e Paraguai e vice-versa, a um custo menor. O projeto deverá ser financiado e operado por meio de uma parceria público-privada.

Fonte: BENEWS