Plano de socorro a Eike tem gigante da Rússia, malaios e Petrobras

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Para a OGX, a sociedade traria musculatura --e capital-- para uma oferta mais agressiva na disputa

Por RENATA AGOSTINI
DE BRASÍLIA

O socorro ao combalido grupo X, como é conhecido o império de empresas de Eike Batista que levam por superstição a letra nos seus nomes, começará pela petroleira OGX. O plano envolve um sócio russo, a venda de ativos e parcerias com a Petrobras em novos campos de petróleo.

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Segundo a Folha apurou, a empresa negocia de forma avançada com a petroleira russa Lukoil, que pretende atrair como parceira, e com a malaia Petronas, para quem deseja passar parte de campo de petróleo para fazer caixa.

Os executivos de Eike já iniciaram também conversas com a Petrobras para firmar parcerias em campos da estatal, nos quais assumiria o posto de operadora.

Iniciar o resgate do grupo pela OGX é estratégico para Eike, que está sendo assessorado pelo BTG. De suas seis empresas com ações negociadas na Bolsa, foi dela o maior tombo –queda de 90% no valor dos papéis em um ano.

A crise de confiança contaminou várias operações do grupo. Ainda assim, a OGX representa quase um terço do império X, avaliado em pouco mais de R$ 14 bilhões.

Em outra frente, a OGX movimenta-se para fechar parcerias com a Petrobras em campos já em operação. As conversas já foram iniciadas, segundo executivos do grupo, que falam sob reserva.

A intenção da OGX é entrar como sócia da estatal em alguns campos, assumindo o papel de operadora.

Procurada, a petroleira de Eike se limitou a dizer, por meio de nota, que “as informações não procedem”.

Editoria de Arte/Folhapress