Petrobras diz que atua com Gerdau para resolver impasse na desmontagem de plataforma em Rio Grande

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Em resposta a consulta da coluna, a Petrobras afirmou que está “tratando com a Gerdau (sobre) as responsabilidades e providências necessárias para solução” do impasse na desmontagem da plataforma P-32, que deveria ser feita no Estaleiro Rio Grande, com geração de 200 vagas. A estatal não deu prazo para resolução da “pendência”. Na nota, a Petrobras afirma que “quando a unidade, agora já pertencente à Gerdau, chegou ao estaleiro para iniciar as atividades de desmonte, constatou-se um desalinhamento entre a expectativa da Gerdau e a real condição de limpeza da plataforma, notadamente quanto à presença de resíduo. Por conta disso, parte das atividades foram interrompidas”.

Foi o que relatou a coluna com base nas informações de Benito Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e São José do Norte. Ele está preocupado porque a Ecovix, que opera o estaleiro, ameaçou demitir 80 pessoas já contratadas para o trabalho.

Para lembrar, no ano passado, a Petrobras vendeu a plataforma P-32 em leilão para a Gerdau, que contratou o Estaleiro Rio Grande para desmantelamento e posterior destinação da embarcação como sucata metálica para uso no processo siderúrgico. Esse movimento gerou expectativa de alguma retomada na atividade naval em Rio Grande.

Quando os trabalhadores iam começar os trabalhos, perceberam um forte cheiro no equipamento. Ao investigar a origem, descobriram que a embarcação tinha tinha 500 mil litros de diesel naval (bunker) e água misturada a óleo. O que deixou arrepiada a jornalista que assina esta coluna foi este relato de Benito:

— Ainda bem que surgiu o alerta com o cheiro. Já imaginou se o sindicato não intervém, e alguém tivesse ligado um maçarico para cortar a plataforma? Teria havido um desastre maior.

A Gerdau já havia respondido à coluna informando que “todas as providências que lhe competem desde a aquisição da plataforma P-32 foram e estão sendo feitas dentro dos preceitos e limites legais”. A siderúrgica afirma que está “atuando incessantemente para retomada das atividades de desmantelamento, no menor tempo possível, dentro das condições previstas no leilão”.

Fonte: GZH / Marta Sfredo