Pesquisadores mapeiam municípios que devem restaurar vegetação para aumentar produção agrícola por polinização

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          Acima, a Apis mellifera, espécie africanizada estabelecida no Brasil. Foto: Gary Stearman/Pixabay.

Várias culturas agrícolas dependem da polinização feita por animais nativos como abelhas, moscas, borboletas, besouros, aves e morcegos. Um cálculo feito em 2018 no Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil estimou que a polinização gere um valor econômico de 43 bilhões de reais por ano na agricultura. Contudo, esses polinizadores dependem da vegetação nativa perto de áreas cultivadas para sobreviver e maximizar os serviços de polinização, aumentando assim a produtividade agrícola.

Em artigo publicado na revista “Environmental Science & Technology” na segunda (23), 21 pesquisadores do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose) mapearam a importância dos polinizadores para a agricultura em cada um dos municípios brasileiros. Eles mostraram que a polinização resulta em um aumento de até 100% da produção agrícola, dependendo da cultura, trazendo maior retorno financeiro.

O objetivo principal da pesquisa foi identificar cenários nos quais os esforços de restauração resultariam em benefícios diretos tanto para a recuperação da biodiversidade quanto para a produção agrícola, por meio do mapeamento da demanda por polinização de culturas agrícolas em relação ao déficit de vegetação natural entre os municípios.

 

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