Pesquisadores apresentam projeto da primeira expedição brasileira para o Ártico

0
70
IMPRIMIR
No encontro, os pesquisadores pediram apoio para a assinatura do Tratado de Svalbard com a NoruegaFoto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)

Um grupo de pesquisadores se reuniu nesta segunda-feira (22) com a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, para apresentar o projeto da expedição que vai inaugurar a participação científica brasileira no Ártico. No encontro, os pesquisadores pediram apoio para a assinatura do Tratado de Svalbard com a Noruega. Segundo eles, o acordo vai facilitar parcerias bilaterais e incentivar a pesquisa brasileira.

“Essa ação é o início do envolvimento das pesquisas do Brasil no Ártico, que vai se tornar cada vez maior nas questões internacionais e geopolíticas. E com a assinatura do tratado, o país poderá fazer uma ação maior”, explicou o vice-presidente do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (SCAR), Jefferson Simões, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Para estudos da ciência do clima, os estudos nas regiões polares são tão importantes quando na Amazônia.”

Ele acrescentou que o Ártico é uma região estratégica para estudos de questões climáticas, econômicas e ambientais, e o Brasil pode ter um protagonismo científico na área. “O Tratado de Svalbard reconhece, desde 1920, a soberania da Noruega sobre a região do Ártico e reserva aos signatários o direito a pesquisas científicas e aos recursos naturais”, disse Jefferson Simões.

Participam da expedição, que será realizada entre 8 e 21 de julho, os pesquisadores Vivian Nicolau Gonçalves e Luiz Henrique Rosa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Paulo Eduardo Câmara e Michelini Carvalho-Silva, da Universidade Federal de Brasília (UnB) e Marcelo Ramada, da Universidade Católica de Brasília (UCB).

“Nós sabemos da importância dessa expedição e agora vamos abrir algumas outras portas”, afirmou o pesquisador Paulo Eduardo Câmara.

A ministra Luciana Santos reconheceu a importância do trabalho realizado pelos pesquisadores. “Temos a compreensão de quanto isso é estratégico e estamos no centro do furacão nas questões sobre mudanças climáticas. Não há como ter soluções que não passem pela ciência. E temos muitas questões a descobrir e a explorar sobre o Ártico.”