A Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior (Abani) considera que o prejuízo para o segmento é muito grande toda vez que uma hidrovia é descontinuada. A associação observa que, em paralisações frequentes da atividade, como na Hidrovia Tietê-Paraná, o prejuízo não é apenas econômico, mas da própria credibilidade do modal. A avaliação é que se cria insegurança para quem utiliza o serviço, impedindo as empresas de firmar logísticas de transporte fluvial com a indústria e o agronegócio, que está em curva de crescimento nos últimos anos, além de gerar desemprego para uma mão de obra específica.
O segmento se sente prejudicado em razão da geração de energia hidrelétrica ao longo da bacia do Tietê-Paraná. “Não que queiramos privilégios sobre a geração de energia elétrica. Mas, na hora que falta água, o primeiro segmento penalizado é o transporte hidroviário. Torcemos que se busque um equilíbrio definitivo para utilização das hidrovias para escoamento dessa produção”, defendeu o presidente da Abani, Dodó Carvalho, em entrevista à Portos e Navios.