Paralisação das atividades no estaleiro Inhaúma completa três dias

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Em 2015, a Enseada reduziu a força de trabalho nas obras de conversão dos navios em FPSOs que estavam sendo feitas no estaleiro Inhaúma e colocou dois mil trabalhadores de férias, até que chegasse a um novo acordo com a Petrobras
Em 2015, a Enseada reduziu a força de trabalho nas obras de conversão dos navios em FPSOs que estavam sendo feitas no estaleiro Inhaúma e colocou dois mil trabalhadores de férias, até que chegasse a um novo acordo com a Petrobras

O Estaleiro Inhaúma, situado no bairro do Caju, no Rio de Janeiro (RJ), paralisou suas atividades na última terça-feira (31). Os trabalhadores reivindicam a PLR (participação de lucros e resultados) que deveria ter sido paga até o dia 30 de maio e também buscam soluções para problemas internos. Com muitas incertezas, eles dizem que não sabem ao certo se a Enseada Indústria Naval demitirá todos os funcionários e temem que o estaleiro feche as portas e fique sem honrar os compromissos trabalhistas. Atualmente, há cerca de três mil trabalhadores atuando nessas obras, de acordo com a Petrobras.

Procurada pela Portos e Navios, a Enseada explicou que não pode fornecer informações sobre sua atuação no Estaleiro Inhaúma devido a cláusulas do contrato de conversões de plataformas com a Petrobras. Em nota, o diretor de relações institucionais e de sustentabilidade da Enseada, Humberto Rangel, ressaltou que “as tratativas com o sindicato dos trabalhadores vêm sendo conduzidas no sentido de convergir para um entendimento definitivo e propiciar o retorno imediato às atividades”.

A Petrobras confirmou que as atividades da Enseada no estaleiro Inhaúma foram paralisadas em função de manifestação de seus funcionários. A estatal ressalta que as relações trabalhistas entre as empresas contratadas e seus empregados dizem respeito à Enseada. “É de responsabilidade da Enseada Indústria Naval a admissão, relocação ou demissão da sua força de trabalho, não cabendo à Petrobras qualquer posicionamento a respeito”, responde a companhia.