A dinâmica do mercado solar está sendo sacudida por uma reviravolta impressionante: uma queda acentuada de 42% nos preços dos painéis solares provenientes de empresas chinesas ao longo do último ano. O relatório recente da Wood Mackenzie revela que, em dezembro, o preço médio desses painéis atingiu apenas 15 centavos de dólar por watt. Em comparação, os painéis solares de fabricação indiana, europeia e americana foram cotados a 22, 30 e 40 centavos de dólar por watt, respectivamente.
O motor por trás dessa mudança radical, de acordo com a Wood Mackenzie, é a liderança indiscutível das empresas fotovoltaicas chinesas na indústria solar global. Sua presença dominante, combinada com tecnologia avançada, custos competitivos e uma cadeia de suprimentos robusta, é apontada como a força propulsora desse fenômeno.
Sun Huaiyan, assessor sênior da Wood Mackenzie, destaca: “O crescimento da fabricação solar na China foi impulsionado por margens elevadas para o polissilício, atualizações tecnológicas e pela expansão da fabricação local nos mercados internacionais”.
Prevê-se que a China mantenha uma fatia impressionante de mais de 80% da capacidade global em toda a cadeia de fornecimento de painéis solares a partir deste ano, graças à notável vantagem de custo oferecida por suas placas solares.
Apesar das políticas governamentais robustas em mercados internacionais impulsionarem a fabricação local de energia solar, ainda não conseguiram competir em termos de custo com o fornecimento chinês, observa a Wood Mackenzie. Especialistas instam outros países a promoverem aplicações comerciais em suas indústrias fotovoltaicas, buscando alcançar a mesma escala observada na China.