A FPSO P66, da Petrobras, deixou nesta manhã o estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis / RJ, e seguiu para iniciar suas operações no pré-sal da Bacia de Santos . A P66 é a primeira FPSO a ter seu casco totalmente construído no Brasil, apesar de ter recebido equipamentos de fora do país. Seu casco foi construído no Estaleiro Rio Grande e chegou no Brasfels em dezembro de 2014 para integração de módulos.
Os módulos foram construídos pelo Consórcio Tomé Ferrostaal, de Alagoas, onde estiveram em construção desde 2011, e houve módulos adicionais que vieram da Ásia diretamente para o Brasfels, que não somente instalou os módulos sobre o casco, mas também fez toda a integração, interligações e testes de todos os equipamentos e sistemas.
A P66 tem 288 metros de comprimento por 54 metros de boca, com um pontal de 31,5 metros. Seu calado máximo é de 23,1 metros.A unidade pode acomodar até 110 pessoas e está apta a operar com seu sistema de ancoragem em profundidades de até 2200 metros.
Seu sistema de produção pode processar até 150 mil barris de petróleo e 6 milhões de M3 de gás por dia e armazenar até 1.670.000 barris.A energia elétrica a bordo é garantida por 4 turbo geradores de 25 MW. A P-66 seguiu rebocada para o Campo de Lula, módulo de Lula Sul, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, e será empregada em projeto operado pela Petrobras (65%) em parceria com a BG E&P Brasil (25%) e a Petrogal Brasil (10%).
O projeto foi entregue com atraso, apesar de todos os esforços empreendidos pela empresa para que isso não ocorresse. A unidade seguiu para a Bacia de Santos em reboque feito pelos AHTSs Skandi Copacabana e Pacific Dove.
Por Rodrigo Cintra / Portal Marítimo