Os navios do futuro

0
203
IMPRIMIR

por Eduardo Aoun Tannuri, professor da Escola Politécnica da USP, e Tássia Biazon, pesquisadora da Cátedra Unesco para Sustentabilidade do Oceano

A famosa frase Navigare necesse, vivere non est necesse, que significa “navegar é preciso, viver não é preciso”, teria sido dita pelo general romano Pompeu no século I a.C., a fim de estimular marinheiros a partirem com suas embarcações, apesar das grandes tormentas. Essa mensagem foi transmitida e ressignificada ao longo dos séculos por personagens célebres como Francisco Petrarca (1304-1374) e Fernando Pessoa (1888-1935). Inúmeras embarcações estão embaixo d’água, principalmente em regiões como no sul da China e no Triângulo das Bermudas. Mas hoje, navegar é cada vez mais preciso, literalmente. E para isso, os navios e a navegação precisam ser cada vez mais seguros.

O navio é o meio de transporte marítimo mais importante. Sua história é tão antiga que se mistura com a da própria civilização humana — há registros desde o período Neolítico, cerca de 10.000 anos atrás. Os primeiros navios eram simples, em formato de canoa e usados na caça e pesca. Aos poucos, os navios evoluíram para formatos mais hidrodinâmicos, com maior volume para transporte e sistemas de direcionamento, o leme.

A principal fonte de energia era humana, o remo, mas desde o princípio o vento contribuía. A orientação iniciou-se com as estrelas e depois com a bússola. Com o tempo e o desenvolvimento tecnológico, o transporte marítimo destacou-se, sobretudo com a evolução militar das grandes civilizações e impérios, impulsionando a descoberta de novos continentes e a maior integração entre povos.

 https://jornal.usp.br/artigos/os-navios-do-futuro/