A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (16) cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e escritórios dentro de uma operação de combate a crimes de lavagem de capitais, evasão de divisas, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção. A ação é o primeiro desdobramento da Operação Lava Jato no Rio Grande do Sul.
Na coletiva de imprensa, ainda pela manhã, após a operação ter sido iniciada, o delegado Alexandre Isbarrola explicou que os mandados “são cumpridos pela Justiça Federal, em investigação da Polícia Federal, que pode ser feita de dados recebidos da Lava Jato”.
Na entrevista coletiva, os delegados informaram que não divulgarão nomes dos investigados nem das empresas. Mas disseram que se referem a “obras rodoviárias.” “O trabalho de hoje está centrado em três empresas e em dois empresários, um deles investigado na Lava Jato (…) Não vou declinar nomes, estamos ainda investigando”, resumiu a delegada Ilienara Cristina Karas.
“São entidades. O presidente da empresa que passou recursos é ex-presidente de outra entidade. A impressão que tenho é que essa pessoa que está gerenciando e coordenando duas entidades, ela não age por conta própria”, destacou.
“O valor recebido a gente não sabe, a gente sabe o dinheiro que saiu dessa empresa: R$ 30 milhões. A gente quer saber o real valor e a destinação”, completou.
A investigação é um desdobramento de uma operação realizada em março de 2016, quando foram cumpridos 108 mandados de busca. Com base nos dados obtidos, a PF conseguiu aprofundar as investigações sobre esquema envolvendo lavagem de dinheiro por meio de entidade associativa ligada a grandes empreiteiras. Na época, um empresário foi preso em Porto Alegre.
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