Ônibus e caminhões são vilões da poluição

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Dados de 2010 revelam que, na região metropolitana de São Paulo, 75,6% do monóxido de carbono são provenientes de veículos leves, 6,2% de caminhões e ônibus e 2,6% de indústria

Já está distante o tempo em que chaminés industriais eliminando rolos de fumaça eram símbolo de poluição atmosférica. Atualmente, essa imagem não apenas se tornou incompleta como esconde o principal responsável pela emissão de poluentes na atmosfera: os veículos pesados, como caminhões e ônibus, movidos a diesel mineral. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, 90% dos poluentes existentes no ar têm como origem emissões veiculares. “Enquanto a indústria conseguiu implementar um nível significativo de controle nas emissões, isso não aconteceu com os veículos movidos a diesel”, afirma Carlos Komatsu, gerente do Departamento de Qualidade Ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente.

A evolução tecnológica e a criação de legislação específica para conter o avanço das emissões foram decisivas. Um bom exemplo é Cubatão (SP), que chegou a ser considerada uma das mais poluídas do mundo, atingindo 500 microgramas de material particulado por metro cúbico de ar da década de 1980 e hoje apresenta uma média de 38 microgramas por m³. Porém, as leis que foram feitas naquele período com ênfase na poluição industrial possuem parâmetros que não servem mais para os dias de hoje, de acordo com Werner Grau, sócio da Pinheiro Neto Advogados e especialista em questões ambientais. “Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná possuem