O Pré-sal e seus desafios

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A Petrobras tem como meta construir, até 2020, um enorme parque produtivo

Estima-se que 2 milhões de empregos serão criados na cadeia do petróleo até 2020 — empregos que requerem todos os níveis de educação, do fundamental aos pós-doutores, acostumados a trabalhar nas fronteiras da tecnologia. A escala de produção que o Brasil pode alcançar abre uma infinidade de negócios para empresas de quase todos os tipos e tamanhos.

 

Em uma entrevista a Revista Exame, Adilson Oliveira, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador de um estudo que analisou a competitividade e a capacidade produtiva da cadeia de fornecedores do setor, aposta que o pré-sal pode colocar o Brasil num novo patamar econômico, social, geopolítico e tecnológico. Para ele a cadeia de petróleo é potencialmente a mais longa da economia. Vai do aço, usado na construção de navios, ao arroz e feijão servidos nas plataformas, que trabalham 24 horas por dia e 365 dias por ano.

A Petrobras tem como meta construir, até 2020, um enorme parque produtivo. Só em plataformas marítimas, passará das atuais 45 para 94. Sua frota de petroleiros quase triplicará, para 120 navios. O desafio é enorme. Nunca no mundo uma empresa do setor construiu uma estrutura tão gigantesca em tão pouco tempo. Mas os deesafios são maior que a estatal brasileira.