O Brasil põe seus portos e fronteiras em alerta contra o ebola

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A epidemia de ebola na África Ocidental já é uma realidade que preocupa o Brasil. Depois do comitê de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciar que a atual crise, considerada a mais grave dos últimos 40 anos, é uma ameaça sanitária internacional, duas agências brasileiras emitiram comunicados sobre o reforço de controles nos portos do país.

Secretaria dos Portos (SEP) se reuniu nesta sexta-feira em caráter de emergência com o Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que adotará o protocolo internacional para a detecção e o controle de casos suspeitos – como já aconteceu com as epidemias de SARS, gripe A(H1N1) e Antrax.

Segundo a OMS, não há, por hora, necessidade de triagens ou restrições extraordinárias ao trânsito a partir das áreas afetadas pelo ebola. Porém, preventivamente, portos, aeroportos e fronteiras brasileiras foram colocados em estado de alerta, caso seja necessário adotar os protocolos de contingência para emergências de saúde pública já existentes.

Ainda segundo a agência mundial, “o risco de infecção para quem viaja para os países comprovadamente afetados com o ebola, até o momento, é considerado muito baixo, a menos que ocorra contato direto com pessoas ou animais (doentes ou mortos) infectados”. Por isso, considera-se desnecessário proibir as viagens e as operações comerciais com Serra Leoa, Guiné, Libéria e Nigéria – os países afetados pela epidemia iniciada em março.

Completando o pacote de medidas nacionais de prevenção, a partir deste sábado, 9 de agosto, os aeroportos brasileiros veicularão mensagens aos passageiros sobre a doença.

A transmissão do vírus acontece pelo contato direto com fluídos ou secreções corporais de pessoas infectadas. O Ministério de Relações Exteriores também emitiu um comunicado sobre o tema, anunciando que está doando “kits calamidade” à Guiné, à Libéria e a Serra Leoa. Os kits, que servem para apoiar os tratamentos que já se encontram em processo, é composto por 30 medicamentos e 18 insumos básicos de saúde, com capacidade para atender 500 pessoas por três meses.