Nevasca na Cordilheira dos Andes retém caminhoneiros gaúchos

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Uma forte nevasca na região de fronteira entre o Chile e a Argentina mantém retidos cerca de 300 veículos na Cordilheira dos Andes. No grupo, há vários caminhoneiros gaúchos. Alguns motoristas foram abrigados no complexo aduaneiro argentino, a 1,6 mil quilômetros do Rio Grande do Sul.

Morador de Giruá, Armando Reck está desde sábado (9) no local, sem qualquer perspectiva de retomada da viagem rumo ao Brasil. Dono de uma transportadora e habituado a percorrer a região, Reck conta que muitos caminhoneiros ainda estão dentro dos veículos, com o motor ligado 24 horas por dia por causa do frio.

 — Eu larguei meu caminhão e vim para cá (a aduana). Mas tenho um funcionário que está lá, com quase um metro de neve. Ele vai ter que abandonar também, não tem como ficar — desabafa o caminhoneiro de 68 anos.

Segundo a imprensa local, um intenso temporal, com neve e chuva, fechou a passagem Cristo Redentor, entre os dois países. Ao meio-dia de sábado, o tráfego foi reaberto, mesmo com previsão de retorno das nevascas. A partir das 13h, o tempo começou a piorar, impedindo a circulação de veículos.

Equipes de resgate estariam tentando chegar ao local, mas não conseguiram se aproximar porque dois caminhões estariam cruzados em V nas proximidades da perigosa curva de La Soberania, entre as localidades de Uspallata e Las Cuevas. O problema só foi contornado durante a noite, quando 117 pessoas foram resgatadas.

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