O Pyxis Ocean vai demorar cerca de seis semanas para chegar ao Brasil, seu destino final.A tecnologia usada na embarcação foi desenvolvida pela empresa britânica BAR Technologies, que surgiu da equipe do velejador britânico Ben Ainslie na Copa América de 2017, uma competição chamada por muitos de “Fórmula 1 dos mares”.
“Este é um dos projetos mais lentos que já fizemos, mas sem dúvida com o maior impacto para o planeta”, disse à BBC o chefe da equipe, John Cooper, que trabalhava para a McLaren, da Fórmula 1.Ele acredita que esta viagem marcará uma virada para a indústria marítima.
“Prevejo que até 2025 metade dos novos navios serão encomendados com propulsão eólica”, disse ele.”A razão pela qual estou tão confiante é a economia – uma tonelada e meia de combustível por dia. Com quatro ‘asas’ em uma embarcação, são seis toneladas de combustível economizadas, ou seja, 20 toneladas de CO2 economizadas. Por dia. Os números são enormes.”
A inovação veio do Reino Unido, mas as “asas” (WindWings) são fabricadas na China. Cooper diz que a falta de apoio do governo para reduzir o custo do aço importado impede a empresa de fabricá-lo aqui.
“É uma pena, eu adoraria construir no Reino Unido”, disse ele à BBC.
Especialistas dizem que a energia eólica para embarcações é uma área promissora, já que a indústria naval tenta reduzir os estimados 837 milhões de toneladas de CO2 que produz a cada ano.
Fonte: BBC NEWS