Mudanças climáticas e desmatamento fazem casos de ataques de abelhas disparar no país

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Nos quatro primeiros meses de 2023, mais de 100 pessoas foram atendidas em hospitais públicos do país com picadas de abelhas, segundo o Ministério da Saúde – 68% a mais que no mesmo período do ano passado

Nos quatro primeiros meses de 2023, mais de 100 pessoas foram atendidas em hospitais públicos do país com picadas de abelhas, segundo o Ministério da Saúde68% a mais que no mesmo período do ano passado.

Minas Gerais é o estado com maior número de internações neste ano. Em seguida, vêm São Paulo e Santa Catarina.Em março, Severino Paulo, de 47 anos, fazia uma trilha na região metropolitana do Recife quando foi atacado. Chegou a ser socorrido por moradores, mas morreu antes de ser atendido.

O especialista Henrique Paprocki explica que as abelhas mais comuns no Brasil são as africanizadas, espécie híbrida de origem africana e europeia. Elas costumam ser mais agressivas.

As mudanças climáticas com mais dias secos e a redução das áreas verdes têm aumentado o risco de ataque.

“Essas abelhas se espalharam por toda a América do Sul, então elas estão no campo e na cidade. Mas, na cidade, nós temos um adensamento de pessoas muito mair e é muito mais fácil que elas se sintam ameaçadas nesse ambiente urbano e ataquem as pessoas, do que no ambiente rural””, destaca o biólogo.

Os bombeiros reforçam que somente profissionais habilitados devem agir em ocorrências com abelhas.

“Se deparou com um ataque de abelhas, deve correr em silêncio e buscar um lugar seguro, um local fechado. E evitar que essas abelhas entrem nesse local”, pondera a capitã Thaise Rocha, do Corpo de Bombeiros.

 

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Fonte: Jornal Nacional