Marinha reforma embarcações e amplia patrulhamento na costa de SP

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Ao todo, aproximadamente 50 militares vão reforçar o grupamento e pertencer às tripulações dessas três embarcações. Parte deles vai ocupar moradias cedidas pela Força Aérea Brasileira (FAB), na Base Área de Santos.

Ampliar a presença da Marinha do Brasil no mar para oferecer segurança às operações do Porto de Santos, no litoral paulista, e em áreas onde há concentração de lanchas de esporte e recreio. Esse é o objetivo principal do novo comandante da Capitania dos Portos de São Paulo, o capitão-de-mar-e-guerra Daniel Américo Rosa Menezes.

Em janeiro, o capitão-de-mar-e-guerra Alberto José Pinheiro de Carvalho deixou o comando da CPSP após dois anos na função. Daniel assumiu o cargo para o próximo biênio, depois ser delegado da Capitania de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, e de comandar o navio-patrulha Graúna e também a fragata Niterói.

O novo comandante afirma que a Marinha voltará a ampliar os trabalhos em toda a costa paulista. “Nesses últimos anos, as restrições de recursos nos prejudicaram um pouco. Hoje, existe uma grande preocupação por parte dos escalões superiores, e todos estão bastante empenhados e solidários”, diz.

A chegada de novos militares a Santos, nos últimos meses, demonstra essa atenção, segundo Daniel. “Teremos bons resultados ao longo deste ano. Vamos intensificar nossas atividades de inspeção naval, exercendo presença maior no mar, em áreas próximas ao porto, e onde há navegação de esporte e recreio”.

Os números da última Operação Verão, quando houve a intensificação da fiscalização de embarcações na temporada, divulgados de fevereiro, tranquilizaram novo comandante, que considera haver mais “conscientização” por parte dos condutores. Na ocasião, 8% dos barcos vistoriados apresentaram irregularidades.

Mesmo que a segurança do tráfego aquaviário seja o foco da autoridade marítima, o novo comandante afirma que não deixará de se preocupar com assuntos ligados à segurança pública. Ocorrências envolvendo crimes no mar tornaram-se comuns e rotineiras em diversas regiões do litoral, inclusive no entorno do cais.

“A Marinha não executa missões de segurança pública, mas nós atuamos junto aos órgãos de segurança pública, provendo logística ou até estrutura de inteligência, permitindo o embarque desses agentes. Certamente, com esse novo panorama, vamos realizar constantemente operações em conjunto, com cada um cumprindo seu objetivo”.