Licitação para dragagem da Lagoa Mirim será publicada na próxima segunda-feira

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O edital da licitação da dragagem da Lagoa Mirim/Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul será publicado na próxima segunda-feira (11), data escolhida para um anúncio conjunto na cerimônia de inauguração do aeroporto binacional de Rivera. Uma comitiva de ministros sairá de Brasília para o evento, que também contará com a presença do governador Eduardo Leite e do presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou.

O empreendimento, que deve ter investimento de aproximadamente R$ 42 milhões de execução de 23 meses, prevê, além da dragagem, serviços como a sinalização da hidrovia.Dezembro tem trazido notícias positivas sobre o avanço da hidrovia Brasil-Uruguai. No começo deste mês, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery, recebeu do governo uruguaio estudo de demanda para a instauração do terminal Tacuarí, a ser construído às margens do rio Tacuarí, que desemboca na Lagoa Mirim.

A estrutura poderá alimentar com cargas,especialmente do setor agrícola, a futura hidrovia. O complexo no país vizinho ficará localizado nas proximidades da cidade de Treinta y Tres e do departamento de Cerro Largo. “Não há navegação se não houver terminal portuário.

Esse estudo embasa ainda mais a necessidade de instalação desta hidrovia”, afirma o embaixador doUruguai, Guillermo Valles. Ele ressalta a importância do alinhamento das políticas públicas binacionais com o setor privado para a concretização da hidrovia que liga os dois países, através do Rio Grande do Sul. Por sua vez, o diretor-presidente da Associação Hidrovias do Rio Grande do Sul (Hidrovias RS),Wilen Manteli, também considera a proposta de criação de um terminal no rio Tacuarí como muito importante para que a hidrovia da Lagoa Mirim saia do papel.

“Está faltando o lado brasileiro se movimentar”, ressalta o dirigente. Ele recorda que a dragagem da Lagoa Mirim permitirá o acesso aquaviário à Lagoa dos Patos no Brasil, possibilitando às embarcações alcançarem im-
portantes portos como o de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. No entanto, Manteli frisa que é preciso fazer um estudo do mercado que pode ser beneficiado com esse modal. Entre as cargas que podem ser transportadas pela hidrovia estão produtos como grãos e arroz, do Uruguai para o Brasil, e no sentido inverso, fertilizantes.

Fonte: Jornal do Comércio-RS / Jefferson Klein