Inflação em alta acende alerta na cadeia global de suprimentos

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Impactadas por vários fatores macroeconômicos no primeiro semestre – como os lockdowns anti-Covid na China, que causaram queda na produção industrial; a guerra na Ucrânia; a falta contínua de capacidade intermodal nos Estados Unidos e na Europa em razão da escassez de ferrovias, chassis e mão de obra; e as mais recentes greves de estivadores, ferroviários e caminhoneiros nos EUA, Europa e Coreia do Sul –, as cadeias globais de suprimentos, agora, acendem o alerta vermelho em torno da inflação em alta para a segunda metade de 2022 e, especialmente, para o final deste ano.


De acordo com a plataforma Movement by Project44, a produção industrial chinesa caiu cerca de 30%, o que levou seus consumidores a redirecionarem os gastos para o setor de serviços. “À medida que os preços do gás e do combustível sobem, o poder de compra dos consumidores está diminuindo e as cadeias de suprimentos serão impulsionadas pela demanda reprimida no consumo”, apontou o relatório “A situação das cadeias de suprimentos globais e o papel da visibilidade”.

De forma semelhante aos complexos portuários norte-americanos e europeus, principais portos brasileiros têm enfrentado, em 2022, tempos de permanência (dwell times) cada vez maiores dos contêineres de exportação. apontou o relatório da plataforma Project44

De forma semelhante aos complexos portuários norte-americanos e europeus, os principais portos brasileiros têm enfrentado, em 2022, tempos de permanência (dwell times) cada vez maiores dos contêineres de exportação. “O aumento nos tempos de permanência de exportação é atribuído principalmente à alta demanda de contêineres vazios para serem enviados de volta à China para uso em rotas comerciais mais lucrativas para as exportações chinesas”, destacou a Movement by Project44.


Para os transportadores marítimos, a exportação de commodities agrícolas para fora do território brasileiro e de outros países é menos lucrativa e, por isso, esses contêineres nem sempre são priorizados, levando a tempos mais altos de permanência no porto. “Enquanto o Porto de Paranaguá registra o maior tempo de permanência das exportações (10,3 dias), o Porto de Santos tem o maior aumento desde o início do ano, passando de 5,1 dias para 7,7 dias – um aumento de 51%.”

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