Impasse agrava situação da Sete Brasil

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Cenário otimista prevê conclusão de quatro sondas mais avançadas, mas estaleiros da Ásia resistem a dar dinheiro
Cenário otimista prevê conclusão de quatro sondas mais avançadas, mas estaleiros da Ásia resistem a dar dinheiro

Um ano depois de ter pedido recuperação judicial, a Sete Brasil continua com futuro incerto. A empresa e seus credores e acionistas, incluindo a Petrobras, não chegaram a consenso para aprovar o plano de recuperação judicial da companhia. A Sete foi criada para gerenciar portfólio de 28 sondas de perfuração de poços de petróleo para a Petrobras, em investimento de US$ 27 bilhões, mas o projeto fracassou com o envolvimento de ex-administradores da empresa na Lava-Jato. Hoje, a Sete Brasil tenta tornar viável a conclusão de até quatro unidades com obras mais avançadas, mas esse é um cenário otimista que depende de acordo entre as partes. A falta de entendimento entre sócios e credores torna a falência da empresa uma possibilidade real.

Em 26 de junho haverá assembleia de credores da empresa para tentar aprovar um novo plano de recuperação judicial da empresa. Caso a Sete Brasil consiga reunir sócios e credores em torno de um acordo para concluir até quatro sondas os credores poderiam recuperar 20% do valor dívida, trazido a valor presente, ao longo do tempo em que as sondas operarem (20 a 25 anos). Já os acionistas, se tudo der certo, poderiam recuperar 10% do que investiram, também a valor presente, dizem fontes.

Os sócios da Sete, incluindo bancos e fundos de pensão, aportaram R$ 8,3 bilhões na empresa, mas os investimentos foram quase todos declarados como perda. A empresa é controlada pelo FIP Sondas, que tem como cotistas Petrobras, Petros, Funcef, Previ e Valia, Santander, Fundo Strong, BTG Pactual, Lakeshore, Luce Venture, EIG e FI-FGTS. Até a próxima assembleia de credores, ela vai tentar equacionar os impasses. A ideia é chegar à asssembleia com um novo plano. “Será feito aditamento ao plano original”, disse fonte.