Ibama monitora local do afundamento do antigo porta-aviões

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Casco antes de ser afundado (Arquivo/Divulgação MSK) Órgão ambiental, que será réu na ação civil pública movida por ONG, realizou 16 voos para acompanhamento do local onde casco do navio-aeródromo desativado foi descartado

Desde o afundamento do casco do ex-navio aeródromo (NAe) São Paulo, no último dia 3 de fevereiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vem monitorando a área através da aeronave Poseidon, fornecida pela Petrobras em 2018. De acordo com o instituto, foram realizados 16 voos com essa finalidade, inclusive, no mesmo dia da divulgação da nota oficial sobre o afundamento planejado e controlado da embarcação.

“O avião tem como objetivo o aeromonitoramento de instalações de exploração petrolífera e de inspeção e fiscalização de ilícitos ambientais em águas marinhas sob jurisdição nacional. Embora ele não seja destinado a monitorar especificamente o porta-aviões São Paulo, foi deslocado, como medida de precaução, para o litoral de Pernambuco desde o dia 12 de janeiro”, informou o instituto.

Segundo o Ibama, na ocasião, não foram detectadas manchas ou resíduos no local do alijamento, nem por equipamentos da aeronave, nem por contato visual. Entretanto, os sensores da aeronave Poseidon são projetados para monitorar a superfície do mar, o equipamento não é adequado para identificar objetos presentes em camadas mais profundas do oceano.

Depois do afundamento do casco, a Coordenação-Geral de Emergências Ambientais do Ibama, responsável pela gestão do Poseidon, encaminhou a aeronave para retomada das atividades de rotina. Entretanto, no contexto do aeromonitoramento em águas marinhas sob jurisdição nacional, a aeronave tem retornado recorrentemente ao local de afundamento do porta-aviões.
“O ex-navio encontra-se em zona com profundidade aproximada de 4 mil metros, a 350 km da costa, em região sem luminosidade, com temperatura média é de 4°C e a pressão de 5.800 PSI.

Com isso, alguns riscos analisados quando o navio ainda tinha condições de flutuação não se concretizam, como por exemplo, eventual proliferação de coral sol, uma vez que este organismo não se reproduz em grandes profundidades e baixas temperaturas, como o local do afundamento”, comentou o Ibama à Portos e Navios.

https://www.portosenavios.com.br/noticias/navegacao-e-marinha/ibama-monitora-local-do-afundamento-do-antigo-porta-avioes