A Portos Rio estima que um total de 55 embarcações soçobradas serão retiradas da Baía de Guanabara até o final de 2024. Um levantamento apresentado pela Capitania dos Portos do Rio de Janeiro à autoridade portuária mapeou 42 embarcações de madeira e 13 de aço submersas ou naufragadas na baía. Dentre as unidades fabricadas em aço, quatro estão em litígio na Justiça. A iniciativa liderada pela Portos Rio para remover embarcações e cascos abandonados na Baía de Guanabara é realizada em parceria com, além da capitania, a Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
A expectativa da Portos Rio é que, pelo menos, as 42 embarcações de madeira que se encontram nessa situação sejam retiradas até o final do ano. “A retirada das [embarcações] de aço é mais complicada. Tem que ter mergulhador, tem que cortar. Mas vamos retirar também. Até o final de 2024, vamos retirar tudo”, disse o diretor-presidente da Portos Rio, Alvaro Savio, durante participação na Conferência Nacional de Direito Marítimo e Portuário, no Rio de Janeiro.
Ele disse que a mobilização inicial levou apenas cinco dias e resultou na remoção da primeira embarcação soçobrada da Baía de Guanabara em menos de um mês — um problema que se arrastava há 15 anos. A iniciativa despertou o interesse de prefeituras do entorno da Baía de Guanabara, como a de Niterói e do Rio de Janeiro. Um dos desafios agora, segundo o presidente da Portos Rio, é levantar recursos junto ao empresariado local para concluir o objetivo. “Agora contamos com empresários que, de alguma forma, ganham dinheiro através da Baía de Guanabara. Precisamos de todos os entes envolvidos nessa operação”, acrescentou Savio.