Furg cria prancha com garrafas PET

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O equipamento de stand-up paddle pode custar de R$ 1,5 mil a R$ 6 mil, dependendo do modelo. Já na utilização das garrafas – somando os outros materiais utilizados – o valor reduz para cerca de R$ 80,00 / Foto Altemir Viana

por: Karina Kruschardt

Um projeto que une o conhecimento da Física com o da sustentabilidade, aliado à prática esportiva. Pranchas de stand-up paddle – modalidade de remo em pé – estão sendo desenvolvidas com garrafas PET pelo Laboratório de Criatividade (Lace) da Escola de Engenharia (EE) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).

O desenvolvimento deste equipamento é uma parceria com o projeto Re-utilize do Instituto de Letras e Artes e o Estaleiro Escola, do Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar). Segundo o coordenador do Lace, Lauro Witt, 47, pelo Brasil o esporte ganha novos adeptos a cada dia. No Sul do Estado não é diferente, ainda mais em uma cidade que possui tradições náuticas. A prancha de garrafas cumpre as mesmas finalidades de uma prancha original: flutuar e deslocar-se.

Barata e com benefícios
O professor Witt trabalha com tema ecologia e tecnologia desde 2001. No ano passado os estudos deram margem ao incentivo à prática esportiva, usando material reutilizável. O diferencial da prancha está no valor e no reaproveitamento de garrafas – que para muitos poderia ser lixo. O equipamento de stand-up paddle pode custar de R$ 1,5 mil a R$ 6 mil, dependendo do modelo. Já na utilização das garrafas – somando os outros materiais utilizados – o valor reduz para cerca de R$ 80,00.

O professor relata que na hora de montar a prancha é interessante comprá-las de pessoas que realizam a tarefa de coleta; os valores desta compra são reduzidos.

As primeiras oficinas para ensinar os alunos da Furg a desenvolver as pranchas ocorreram no mês de fevereiro na Lagoa dos Patos. Entre os 20 interessados estavam alunos de diferentes cursos. Um deles é Israel Reinhart, acadêmico de Engenharia Mecânica. O jovem não pensou duas vezes para participar das aulas, sabendo que poderia usar os conhecimentos da Física – quanto à composição de cada material e sua reação em contato com outros – aliados à saúde, já que pode praticar pela primeira vez a modalidade. Para o jovem, o mais interessante do projeto é a visão de meio ambiente. “No protótipo foi adicionado no remo um gancho que, enquanto você faz o esporte, pode ir retirando lixo da lagoa”, relata animado.

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