Focada em investimentos em economia circular, a Circulate Capital chega à América Latina e ao Caribe com um novo fundo de US$ 65 milhões para dar escala a iniciativas voltadas ao combate à poluição por plástico e à circularidade do material.
A gestora já atua na Ásia há cinco anos e, para a expansão na nova geografia, atraiu como investidores as petroquímicas Chevron Phillips Chemical e Dow, as fabricantes de bens de consumo Danone, Mondelēz International e Unilever, além do laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID Lab) e da plataforma de impacto Builders Vision.
Em linha com a média global, só 10% do plástico é reciclado na América Latina, estima a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Inicialmente, o dinheiro será aplicado no Brasil, no Chile, na Colômbia e no México, países cujas condições se mostram favoráveis para desenvolver o setor de reciclagem e gestão de resíduos sólidos, na análise da Circulate Capital.
Por enquanto, ainda não foi definido quanto dos recursos virá para o Brasil, diz a diretora de relações com investidores e de comunicação estratégica na América Latina, Nataly Acosta.
Mas é no país que se concentram 164 das 700 empresas já identificadas pela Circulate Capital como oportunidades de investimento na América Latina. A maior parte delas (80%) na área de infraestrutura de reciclagem, da fabricação à recuperação do plástico.
Os investimentos serão concentrados em soluções para três áreas:
Melhoria na coleta de plástico e sua triagem;
Processamento para agregar valor aos resíduos plásticos; e
Fabricação de tecnologias disruptivas ou adaptação de soluções estrangeiras.
A geração global de resíduos plásticos mais que dobrou nos últimos vinte anos, chegando a 353 milhões de toneladas, de acordo com a OCDE. A estimativa é que 30 milhões de toneladas estejam acumulados em mares e oceanos e outros 109 milhões de toneladas, em rios.
Fonte: Reset