‘Falha operacional’ causou queda dos contêineres, afirma advogado

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O Log-In Pantanal atracado no Porto de Santos após a queda dos 46 contêineres (Foto: Carlos Nogueira/AT)
O Log-In Pantanal atracado no Porto de Santos após a queda dos 46 contêineres (Foto: Carlos Nogueira/AT)

Uma “falha operacional” foi a causa da queda dos 46 contêineres do navio Log-In Pantanal, no mês passado, enquanto ele aguardava uma janela de atracação no Porto de Santos, defende o advogado Paulo Henrique Cremoneze, especialista em Direito do Seguro e Direito Marítimo e que atua em favor das seguradoras das cargas avariadas.

Na madrugada do último dia 11, depois de concluir uma operação no cais santista, o Log-In Pantanal aguardava, na Barra de Santos, a cerca de quatro quilômetros da costa, por uma nova janela de atracação. O navio retornaria ao complexo para concluir seu carregamento. Mas a queda dos 46 contêineres no mar atrasou seus planos e gerou grande prejuízo à armadora Log-In.

Em nota, a companhia de navegação apontou “o forte mau tempo, com ondas de 3,5 a 4,5 metros de altura” como a causa do acidente. No entanto, para Cremoneze, é “impossível” que esta seja o fator determinante para a queda das caixas metálicas no mar.

Segundo o advogado, a alegação da empresa é de que houve fortuidade, ou seja, um acidente. “Caso fortuito é quando há um evento inesperado, irresistível e imprevisível. Neste caso, a queda dos contêineres não era algo que aconteceria se a carga não estivesse má estivada”, destacou o advogado.

Assim, Cremoneze contesta a versão de que apenas o mau tempo causou o acidente. Ele lembra que embarcações cargueiras são projetadas para atravessar tempestades por todo o mundo. Segundo o advogado, em uma viagem do Brasil até a Itália, um cargueiro balança, pelo menos, 7.200 vezes.