Exportador brasileiro teme vender para Argentina

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A Argentina é o terceiro país comercial do Brasil (Foto: Reprodução Internet)

O governo de Cristina Kirchner já criava restrições burocráticas para dificultar as compras de produtos brasileiros com uma meta específica: evitar a saída de dólares. Os números explicam. Argentina tem reservas para pagar cinco meses de importações. A título de comparação, o fôlego do Brasil é de 20 meses. Com o calote, o cenário de escassez piora. O argentino Leandro Gonzalez, sócio da empresa de importação e exportação Sandler & Travis, diz que já há falta de dólares. “Havia a expectativa de que no segundo semestre a situação melhoraria. Com o default não creio que vá piorar, mas não vai melhorar.”

Do lado de cá da fronteira, apesar de não haver alarmismo, a sensação de insegurança se espalha. No setor automotivo, por exemplo, entre os executivos até prevalece a sensação de blindagem, porque os dois países acabaram de firmar um novo acordo, que melhora as condições para a Argentina. Ninguém acredita que o governo de Cristina Kirchner cometeria a “loucura” de intervir nos trâmites financeiros das montadoras.