Exportação de soja do Brasil em março ganha ritmo, mas coronavírus preocupa logística

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Fatores associados ao coronavírus também nublam uma safra do Brasil que, apesar de prevista em recorde acima de 120 milhões de toneladas, tem visto preços atipicamente elevados para um período de colheita, próximos a 100 reais por saca nos portos, um valor raramente visto na história.

A exportação de soja do Brasil no acumulado do mês até a terceira semana de março ganhou ritmo nos últimos cinco dias úteis, elevando a média diária exportada para 479,2 mil toneladas, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo governo, em momento em que o mercado global foca suas atenções em eventuais problemas logísticos que possam afetar o escoamento de uma safra recorde.

Até a segunda semana de março, a exportação do Brasil, maior exportador e produtor global de soja, havia registrado média diária de 429,3 mil toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

No acumulado de março, os embarques da oleaginosa brasileira somaram 7,2 milhões de toneladas, já acima das 5 milhões de toneladas de fevereiro completo –quando chuvas atrasaram o escoamento ainda no início da colheita.

Nesta segunda-feira, foi cancelada uma assembleia de estivadores no porto de Santos, marcada para avaliar uma greve por melhores condições de trabalho diante das preocupações com o coronavírus.

Na China, o mercado futuro de farelo de soja atingiu limite diário, pela oferta apertada e preocupação com o escoamento da safra sul-americana.