Embarque no Porto de Imbituba abre exportação brasileira de canola

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A canola tem tradição agrícola concentrada no Rio Grande do Sul e produção ainda pequena no Brasil, mas que vem ganhando espaço em esquemas de rotação de culturas.

O Porto de Imbituba está recebendo o primeiro grande embarque de canola para exportação do Brasil. As 9,5 mil toneladas dos grãos oleaginosos foram alocadas no navio “MP Kamsarmax 1”, com destino aos portos de Dammam, na Arábia Saudita, e Jebel Ali, nos Emirados Árabes Unidos.

“Estamos muito gratos por ser palco de mais um marco na logística nacional, e o sucesso de operações como esta e outras iniciativas que ocorreram ao longo do ano reafirmam a flexibilidade e capacidade do Porto de Imbituba para atender o mercado”, afirma o diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Fábio Riera.

A canola tem tradição agrícola concentrada no Rio Grande do Sul e produção ainda pequena no Brasil, mas que vem ganhando espaço em esquemas de rotação de culturas. Segundo a Conab, a previsão é de que a safra de 2021/2022 totalize aproximadamente 55 mil toneladas, 70% superior à de 2020/2021 (32,2 mil t).

Segundo a Comex Stat, base que concentra os dados do comércio exterior brasileiro, apenas em 2007 houve uma pequena exportação desta categoria de carga. Dessa forma, o embarque em andamento por Imbituba pode ser considerado como a primeira exportação nacional em quantidade significativa por via marítima. A empresa exportadora é a riograndense Celena Alimentos, que atua no mercado com canola há mais de 20 anos e agora está se lançando para o mercado internacional.

A exportação piloto por Imbituba já é considerada um sucesso pela Serra Morena, uma das empresas participantes da joint venture da operadora portuária Granéis Imbituba e responsável pela atração da carga. Mário Lopes, sócio da Serra Morena, explica que a canola tem o desafio de operação, devido ao tamanho pequeno do grão. “Diante desse fato, a comprovação de que temos condições operacionais de poder embarcar esse produto com total segurança e assepsia necessária, a perspectiva é consolidarmos embarques mensais, entre 30 e 40 mil toneladas”, avalia Lopes.