E-commerce sustenta transporte de cargas

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O impacto da crise sanitária, certamente, não passou despercebido em segmentos de larga experiência na distribuição de encomendas e transporte de cargas rodoviárias.

A pandemia mudou o perfil das operações de logística no país, avaliam os empresários do setor. Enquanto algumas empresas sofreram muito durante o início da crise, como as do setor automotivo, de autopeças, linha branca e eletroeletrônicos, as vendas do comércio eletrônico, no primeiro semestre, por exemplo, chegaram a registrar um crescimento de 145%. Mas os protagonistas do cenário de logística, este ano, no Brasil, são mesmo as áreas de negócio da saúde humana, saúde animal, higienização e alimentos.

Consideradas atividades essenciais para a população, essas empresas não interromperam suas operações e mantiveram o transporte de suas encomendas durante a pandemia.

“Tivemos que fazer as adaptações necessárias, migrar estruturas e equipes de operações com menos demanda para aquelas mais aquecidas, como as de saúde e e-commerce”, conta Fábio Miquelin, diretor de transportes da DHL Suply Chain, empresa do Grupo Deutsche Post DHL, da Alemanha.

“A pandemia mudou o perfil de distribuição na cadeia de suprimentos. As vendas de alguns mercados, como moda e automóveis, por exemplo, caíram, por falta de compradores. De outro lado, itens básicos e de saúde tiveram picos de demanda”, explica. “Até em transportes, cresceram as oportunidades, uma vez que a malha aérea para passageiros diminuiu fortemente afetando também o transporte aéreo de cargas”, diz Miquelin.