Os testes custaram US$ 1,5 milhão através do Programa de Pesquisa dos Emirados Árabes Unidos para a Ciência do Melhoramento da Chuva. Os estudos dos drones que fazem chover vinham sendo desenvolvidos desde o ano de 2017. No verão, o calor beira à casa dos cinquenta graus. Então, pelo menos quatro desses equipamentos voadores foram lançados na capital Dubai em direção às nuvens para descarregarem eletricidade e assim fazerem desaguar chuvas.
A ação dos drones que fazem chover, no entanto, não se resume à diminuir o calor. São várias possibilidades que podem atender às demandas de países com suas peculiaridades.
Aqui no Brasil, seria possível ter resultados positivos no que diz respeito às queimadas na região Norte e Centro-Oeste e à seca, principalmente no Nordeste que naturalmente é a região mais afetada, e no Sudeste, onde hidrelétricas estão abaixo da média, o que vem causando a escalada de preços na conta de energia.
Drones que fazem chover no combate às queimadas no Brasil
O mês de junho teve o maior número de focos de calor registrados na Amazônia dos últimos quinze anos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), divulgados pelo Greenpeace Brasil. Foram identificados 2.308 focos de incêndios florestais. Isso é um novo recorde: aumento de 2,6% em relação ao mesmo período em 2020.
O Greenpeace Brasil relaciona as queimadas com o desmatamento e as mudanças climáticas. A organização reforça que a queima de florestas e outras vegetações é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil. Tudo isso aquece ainda mais o planeta.
Com tantos desmatamentos e focos de incêndios na nossa floresta – alguns casos em regiões longínquas de difícil acesso – a necessidade de chuva é ainda maior. No entanto, o Brasil atravessa a maior seca dos últimos 90 anos.
Vídeo da UAE Weather Channel com a chuvas na quarta-feira (21/07) que teriam sido produzidas pelos drones em Dubai