>Diminui demanda mundial por navios

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O estudo Cenários 2007 do Sindicato da Construção Naval ( Sinaval) revela que a atual fase de alta demanda a estaleiros começou em 2003 e, em 2007, já se iniciou um efeito de contenção, com queda de 21% nas encomendas. “Ainda assim o volume de contratos é impressionante: US$ 10 bilhões em carteira”, frisou.

O maior número de navios está com a China, que detém 1.448 unidades, seguindo-se Hong Kon, com 1,242 e Estados Unidos, com 1037. Quanto a porta-containeres, a China está igualmente na frente, dispondo de frota com capacidade para transportar 5,06 milhões de TEUs ( containeres de 20 pés ou equivalentes). Hong Kong está com 4,3 milhões, Estados Unidos com 3,1 milhões e Alemanha com 2,6 milhões. ” O transporte atravessa processo intenso de fusões e consolidações.

O resultado é que menor número de empresas detém o maior volume da frota”.A líder mundial é a Maersk, com 504 navios, capazes de transportar, de uma só vez, 1,3 milhão de containeres; a suiça MSC tem 237 navios, com 618 mil containeres; a Evergreen, de Taiwan, tem 151 navios, a alemã Hapag-Lloyd dispõe de 131 e a frances CMA-CGM 373, segundo dados da Unctad, de 2004.Para o Sinaval, a reativação da construção naval começou com o apoio marítimo.

A fase dois foi gerada pela Transpetro e a terceira etapa se dará com a construção de porta-containeres – navios que, efetivamente, transportam o comércio, antes conhecido como de “carga geral”.Para 2007, segundo o Sinaval, há duplo desafio: atender às atuais encomendas de barcos de apoio, plataformas e de encomendas da Transpetro e assegurar um processo sustentável de encomendas para além 2010, de modo a viabilizar os investimentos que estão sendo feitos nos estaleiros existentes e nos novos.

O diagnóstico aponta que, com reduzida frota, ocupando o modesto 19º lugar no ranking mundial, a navegação tem potencial para grandes encomendas. E não possuir frota é mau negócio. Dados da Unctad, citados pelo Sinaval, apontam que o frete dos países com frotas próprias representou 4% do valor das mercadorias, enquanto, nos países com carência de frota, o valor médio chegou a 10% do custo das mercadorias importadas. Entre os países ricos, o elevado volume de transporte reduz o frete.