Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com cerca de 600 empresas exportadoras de todos os portes, apontou 16 entraves de alta relevância – entre 43 tópicos –, que vêm impedindo o aumento das exportações brasileiras. Os principais problemas envolvem os altos custos do transporte internacional (61%), da saída do Brasil até o país de destino; as altas tarifas cobradas pelas administrações portuárias (40%); o valor pago pelo transporte doméstico (34%), da empresa até o ponto de saída do território nacional; e a volatilidade do câmbio (32%).
No documento “Desafios à competitividade das exportações brasileiras” – o qual a Portos e Navios teve acesso –, as exportadoras também apontaram como barreiras para o incremento das vendas externas do país: as altas tarifas cobradas pelas administrações aeroportuárias (31%); a falta de uma estratégia governamental para o comércio exterior (31%); a baixa eficiência governamental para a superação de barreiras (30%); e a baixa oferta de terminais intermodais, operadores logísticos e transportadoras (29%). A ineficiência dos portos e dos aeroportos para manuseio e embarque de cargas também figuraram como problemáticos para 26% e 15% dos respondentes, respectivamente.
A nova edição do estudo da Confederação Nacional da Indústria dá continuidade ao trabalho de identificação e monitoramento dos principais entraves à exportação no Brasil, iniciado em 2002 pela CNI. A pesquisa dividiu os entraves nos seguintes grupos: macroeconômicos, institucionais, legais, burocracia alfandegária e aduaneira, acesso a mercados externos, tributários, mercadológicos e de promoção de negócios, entre outros. Na análise por categorias dessas barreiras, além dos gargalos logísticos, foram destacados – entre aqueles de alta relevância – os macroeconômicos, institucionais, tributários e legais.