A 28ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, terminou nesta quarta-feira (13) com a última versão do acordo negociado entre 195 países.O novo texto propõe que um avanço na transição energética, mas deixa de fora a expressão “phase out”, que seria usada no sentido de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa que aquecem o planeta — ideia que não agradou os ambientalistas.
Mais de 100 países tentaram fazer um lobby para eliminar gradualmente o uso de petróleo, gás e carvão. Incluindo regiões conhecidas como SID, ou pequenos estados insulares em desenvolvimento, que, na prática, são mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas e aos desastres naturais.
O grupo contou com o apoio de grandes produtores de petróleo e gás, como os Estados Unidos, o Canadá e a Noruega, juntamente com o bloco da União Europeia (UE) e vários outros governos.
Porém, encontraram forte oposição da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderado pela Arábia Saudita, que argumentou que o mundo pode reduzir emissões sem evitar a eliminação de combustíveis específicos.
O grupo controla quase 80% das reservas de petróleo do mundo — e os seus governos dependem fortemente dessas receitas.O novo acordo apela especificamente à “transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de uma forma justa, ordenada e equitativa… de modo a atingir o zero líquido até 2050, de acordo com a ciência”.