Com incêndio extinto, bombeiros deixam a Estação Ecológica do Taim  

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O incêndio começou por causa de um raio, e desde a segunda-feira, voluntários e brigadistas do ICMBio atuavam no combate ao fogo / Imagem de parte da área queimada registrada na sexta-feira (16)Lauro Alves – Agência RBS

Um sobrevoo sobre a Estação Ecológica do Taim, no sul do Estado, na manhã de sábado (17), confirmou que o incêndio que atingia o local desde segunda-feira (12) chegou ao fim. Segundo o Corpo de Bombeiros, que atua desde a noite de quinta-feira (15) na região, todos os focos foram extintos por volta das 18h30min desta sexta-feira (16).

— Zeramos a área, e confirmamos isso com o voo desta manhã. Foi um trabalho conjunto, entre bombeiros e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, responsável pela área), além das aeronaves da Brigada Militar e Polícia Civil — afirma o capitão Silvano Oliveira Rodrigues, comandante das operações no Taim.

Na noite de quinta, a região recebeu reforço de 63 bombeiros, e um quartel foi montado no local. Agora, com o fim dos focos de chamas, o grupo deixou a região, que fica entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, no fim da tarde de sábado, por volta das 18h. Assim, a situação passará a ser monitorada novamente pelo ICMBIO por pelo menos mais dois dias, segundo a chefe da Estação, Ana Carolina Canary. Mas a expectativa é de que não haja novos focos.

Além do reforço dos profissionais, outros dois fatores ajudaram no controle do incêndio: o vento, que soprava em direção ao sul e passou a soprar em direção ao norte, e a chuva que atingiu a região na sexta à noite.

— Foi um trabalho de alto nível. As aeronaves ajudaram a baixar as chamas para que nossos homens pudessem trabalhar por terra. Chegaram a entrar com água pela cintura — relatou o capitão Rodrigues.

A estimativa mais recente da chefia da reserva, ainda na sexta, é de que 6 mil hectares foram atingidos. Mas última atualização oficial pelo ICMBio, que faz monitoramento da região por satélite, foi na quarta-feira (14) e indicou área queimada em 2,5 mil hectares. Esse número ainda deve ser atualizado.

Amauri de Sena Motta, coordenador de proteção da estação, afirma que ainda não é possível calcular com precisão a área queimada, mas diz que as estimativas é de que esse já seja o maior incêndio da história da reserva:

—A gente está trabalhando com última medição que foi possível, que é de 6 mil hectares, o que já torna o maior incêndio da história da estação ecológica do Taim. Vai ser uma área maior, infelizmente. Tão logo a gente tenha condições de utilizar o aplicativo de medição para isso, a gente vai informar.

Fonte: GZH / Aline Custódio – Felipe Backes