Em 1985 o então prefeito Abel Dourado assinou o decreto que instituiu o cisne-de-pescoço- preto (Cygnus melancoryphus) como Ave Símbolo do Município do Rio Grande.O Decreto nº 4636 no Artigo 2º diz que “a ave símbolo do Município do Rio Grande será protegida em todo o território municipal, sendo vedado o seu abate e comercialização”. Muitos caçadores, ao longo da história, invadiram a área de preservação permanente do Taim para capturar e vender cisnes, espécie de rara beleza, inclusive a compradores de outros estados brasileiros. A Praça Xavier Ferreira, no centro da cidade, durante muito tempo, manteve um casal de cisnes-de-pescoço-preto no lago ali existente.
Nome Científico:Cygnus melancoryphus
Família: Anatidae
Ordem: Anseriformes
Distribuição: Vive basicamente no Sul da América do Sul (Chile, Argentina e litoral Sudeste do Brasil – Rio Grande do Sul e Sul de São Paulo).
Alimentação: Onívoro (que se alimenta de carne e de vegetal).
Reprodução: Geralmente o ninho é construído pelo casal. A fêmea nidifica em arbustos dentro das lagoas, bem distante das margens. A cada ninhada são postos de dois a cinco ovos. Eles eclodem após 35 dias de incubação. Ao nascer, os filhotes têm penugem branco-acinzentada.
Visualmente não há como confundir essa ave com outra. Como o nome bem diz, ela tem asas inteiramente brancas e curtas, com cabeça e pescoço totalmente negros (o último até parece mais grosso do que realmente é). Além disso, a base do bico e os pés são vermelhos.
Na versão feminina, o cisne-de-pescoço-preto, também chamado de pato-arminho, ganso-de-pescoço-preto, cabeça-preta e pato-argentino, tem uma faixa pós-ocular amarelada e, no tamanho, é bem menor. O macho tem, em média, 120 centímetros de altura.
Este é o único cisne sul-americano. Infelizmente, a exemplo de outras espécies, está sendo ameaçado pelo homem (por causa da caça predatória) e pela destruição de seu habitat. Esta ave vive aproximadamente 25 anos e em bandos.
Gosta ainda de descansar sobre o mar, em fila indiana. Ao menor movimento estranho na praia, logo se afastam. Ao voar – diga-se, uma performance pesada e barulhenta – eles costumam emitir um pio monossilábico e melodioso. Tanto que demoram para decolar.Uma curiosidade é a forma como se alimenta. Ao pousar na água, come boiando. Para tanto, fica no raso, de forma que ao mergulhar seu longo pescoço, alcance o que precisa.
Fonte: Ornitologia Brasileira, de Helmut Sick / Edson Costa
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