Cidade da borracha surge no Centro-Oeste

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Seringueiras estão espalhadas em 40 mil hectares de 34 municípios, o equivalente a 40 mil Maracanãs

Por ALEXA SALOMÃO / TEXTO, JOSÉ FRANCISCO DIORIO / FOTOS, ENVIADOS ESPECIAIS A CASSILÂNDIA (MS) – O Estado de S.Paulo

O projeto informalmente batizado de Cidade da Borracha tem uma penca de números vistosos. Vai processar a produção de 20 milhões de seringueiras, as árvores que fornecem o látex, matéria-prima da borracha. As seringueiras estão espalhadas por 40 mil hectares, em 34 municípios de cinco Estados – Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Para se ter uma dimensão, isso equivaleria a uns 40 mil Maracanãs cobertos de seringueiras.

Mas o coração do empreendimento é um bairro planejado. Essencialmente uma agrovila, de nome Seringal, em Cassilândia, Mato Grosso do Sul, que está sendo erguida em ritmo acelerado. No seu entorno estão sendo plantadas, desde 2006, 8 milhões de seringueiras – quase a metade das árvores previstas no projeto. Todo o complexo, que ainda inclui usina de beneficiamento e fábrica de produtos de borracha, vai demandar R$ 2 bilhões em investimentos.

O número mais surpreendente é o de investidores. Há 91 interessados, que passaram a formar a cultura na região ou que pretendem aderir ao projeto, fornecendo a matéria-prima de árvores já cultivadas. “Faltava um polo para a cultura, que vem crescendo fora da Amazônia, o habitat natural da planta. É isso que explica tamanha adesão”, diz o idealizador do projeto Getúlio Ferreira Júnior, sócio-diretor da Cautex, empresa responsável pela gestão e implantação do complexo.

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