Centro de Coordenação, Comunicações e Operações de Tráfego (C3OT)

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Falcão: Com os novos equipamentos, eles terão dados mais fieis sobre as condições de navegação na região

Para Ricardo Falcão, presidente do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra),os práticos são os profissionais responsáveis por orientar os oficiais dos navios na condução de suas embarcações em áreas abrigadas (no caso, na região do Porto de Santos). Ele esteve participando no dia 15 de setembro em Santos da inauguração do Centro de Coordenação, Comunicações e Operações de Tráfego (C3OT. O novo espaço poderá garantir ainda mais agilidade e segurança nas manobras dos navios no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O centro conta com 12 câmeras estrategicamente situadas ao longo de todo o canal do porto, equipamentos de última geração para medição de ondas, profundidade, visibilidade e tecnologia capaz de fornecer informações em tempo real que permitirão o monitoramento, com absoluta precisão, de todo o canal navegável do porto santista, com seus 20 quilômetros e 67 terminais e berços de atracação.”Com os novos equipamentos, eles terão dados mais fieis sobre as condições de navegação na região. O sistema garante um grau de assertividade maior. Até então, o prático dependia quase que exclusivamente de sua experiência para aferir algumas condições na manobra. E coloca a Praticagem de São Paulo na dianteira do monitoramento do tráfego aquaviário com tecnologia de ponta na América do Sul, como já ocorre em portos modernos do exterior”, disse Falcão.

 

Barbosa: O C3OT é uma ferramenta de informação. O pessoal ta achando coisa que não vai acontecer

Perguntado se o novo Centro de Coordenação, Comunicação e Operações de Tráfego, será integrado ao VTMIS, o presidente da Praticagem de São Paulo Paulo Barbosa, disse que a questão em debate não é de integração. “Eles (Codesp), terão tudo o que a gente tem. Não investimentos no radar, posto que não somos uma estação VTMIS. Só falta o radar para ser um VTMIS. O problema não é de sistema, mas o que se espera que ele faça. Existe uma expectativa equivocada de que o VTMIS vai ser uma panacéia. Ele vai permitir cruzamento, navegação em visibilidade restrita. Nada disso ele vai fazer.Ele é uma ferramenta de informação. O pessoal ta achando coisa que não vai acontecer”, frisou Barbosa.O investimento para a aquisição desses equipamentos meteorológicos e oceanográficos, até então inéditos nos portos brasileiros, ultrapassaram os R$ 8 milhões.“Agora temos informações reais. Deixamos de trabalhar com previsão para ter em mãos tudo o que pode interferir na manobra de um navio pelo Porto”, explica o gerente de operações da Praticagem, Viriato do Nascimento Geraldes, ao afirmar que o serviço prestado será mais eficiente.A necessidade de implantar o novo centro surgiu porque os navios estão cada vez maiores. Até o ano 2000, a maioria dos navios tinham arqueação entre 10 e 20 mil toneladas.