Carros, casas, joias: traficantes presos pela PF levavam vida de luxo

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A PF encontrou mais de 23 veículos de luxo e 40 imóveis em nome dos acusados (Foto: Divulgação/PF)
A PF encontrou mais de 23 veículos de luxo e 40 imóveis em nome dos acusados (Foto: Divulgação/PF)

A operação da Polícia Federal, deflagrada na segunda-feira (4), apreendeu com os acusados, em São Paulo e na Baixada Santista, 23 veículos de luxo (carros e motos). Entre os modelos, estão veículos das marcas Mercedes-Benz, Audi, Land Rover, Porsche e BMW. Agentes também retiveram joias, pedras preciosas e dinheiro: R$ 425 mil, 149,2 mil dólares (R$ 468 mil) e 6,7 mil euros (R$ 25 mil).

A Justiça Federal determinou, ainda, o bloqueio de outros bens de parte dos investigados, incluindo mais de 100 carros e 40 imóveis, a maioria de alto padrão, na região e na Capital.

“Os criminosos têm muito poder econômico, ganharam muito dinheiro com o tráfico de drogas. A maioria dos que comandavam o crime ficava em São Paulo, onde começou a investigação. Mas a maioria das apreensões de drogas foi no Porto de Santos”, explica o delegado da PF Agnaldo Mendonça Alves. Segundo o delegado, pelo menos dez apartamentos tornados indisponíveis judicialmente para os investigados estão em Santos. “A gente bloqueia o que consegue identificar que pertence à organização criminosa e apreende o que encontra. A maioria dessas pessoas não tinha o menor cuidado de não demonstrar o dinheiro, de cuidar da lavagem de dinheiro. Simplesmente colocavam o dinheiro na mão de terceiros, pai, mãe, amigos, namorada”, salienta.

Ele lembra que o montante de droga apreendido em um ano (seis toneladas), embora expressivo, representa uma pequena porção da movimentação dos traficantes. “Imagino que eles mandavam muito mais do que isso. A polícia, por mais que se empenhe e trabalhe, não vai apreender tudo. Se isso acontecesse, eles não estariam com o dinheiro que estão. É a lógica do negócio”, explica.

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