CAP de Imbituba reivindica novos rebocadores

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Segundo o CAP, o porto de Imbituba chegou a um estágio de desenvolvimento em que não pode mais ficar refém de situações como esta

O Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de Imbituba reuniu diretores da Wilson Sons, representantes da Praticagem e Capitania dos Portos para reivindicar a melhoria dos rebocadores que prestam serviços no porto. A atracação de navios maiores pode ser prejudicada pela insuficiência de capacidade dos atuais rebocadores. Como solução temporária, a empresa proprietária comprometeu-se em enviar um outro rebocador, de maior capacidade, mas o CAP considerou esta uma medida apenas paliativa.

O novo rebocador é de dois eixos, foi remotorizado e tem tração estática (bollard pull) de 40 toneladas. Os atuais, que seguirão para docagem e reparos, têm capacidade de apenas 25 e 27 toneladas. O equipamento que será deslocado para Imbituba melhora um pouco a potência atual, mas para os próximos meses haverá a necessidade de um rebocador do tipo azimutal, com mais eficiência.

Para o Presidente do Conselho de Autoridade Portuária, Gilberto Barreto, o porto de Imbituba chegou a um estágio de desenvolvimento em que não pode mais ficar refém de situações como esta. “Vamos acompanhar de perto os entendimentos entre a Wilson Sons e os armadores dos navios conteineiros cuja escala em Imbituba está sendo negociada pela Santos Brasil. Se a Wilson Sons não conseguir atender os armadores, a comunidade portuária de Imbituba buscará novos parceiros” declara.

“A potência dos rebocadores assume aspectos estratégicos para o desenvolvimento do porto, acrescenta, pois os novos navios conteineiros e mesmo os atuais graneleiros têm comprimento total da ordem de 300 metros e poderão operar com calado de até -14,50 metros quando a dragagem for concluída. Sem rebocadores adequados todo esse trabalho terá sido inútil, razão pela qual uma solução será encontrada, sem dúvida”, afirma o Presidente.

 

A garantia de rebocadores com potência adequada, águas profundas e abrigadas e balizamento náutico reduzem os riscos e atraem novos armadores

O administrador do porto, Jeziel Pamato, comenta que “o porto de Imbituba está realizando uma série de investimentos, seja diretamente ou através dos arrendatários de terminais, com destaque para os recentes investimentos realizados pela Santos Brasil. Com estes investimentos já realizados e com a dragagem prevista para alcançar o calado de -14,5m de profundidade estaremos prontos para atender os grandes navios, por isso, a administração do porto já está a algum tempo, chamando a Wilson Sons para conversar e colaborar neste processo de evolução através da oferta de rebocadores adequados para esta nova realidade, ou seja, precisamos que todos trabalhem juntos, com um único propósito, pois não podemos ter todo um cenário favorável e aceitar fatores que possam nos prejudicar neste novo momento do porto”, enfatiza.

Na reunião do CAP os conselheiros mantiveram o assunto em pauta e reforçaram a necessidade de Imbituba prestar o melhor serviço à carga e aos navios, quando comparado aos demais portos da região, se quiser ter sucesso nesse mercado extremamente competitivo.

 

A Santos Brasil está desenvolvendo estudos em simuladores para definir qual o melhor tipo de rebocador para os navios que chegarão ao porto, o que facilitará a contratação de novos equipamentos que atendam a movimentação de contêineres. Entre as exigências dos armadores, a profundidade também entra em debate.

De acordo com o administrador, as profundidades atuais recomendadas pela Capitania estão sendo mantidas pela dragagem freqüente do porto, apesar dos periódicos desbarrancamentos da extremidade sul da Praia do Porto. Para a nova frota esperada, uma dragagem de emergência será concluída em 60 dias, pela Santos Brasil, enquanto se aguarda a dragagem do PAC 2 que está em fase final de licitação”, explica.