Câmara Municipal define trabalho permanente para tentar reduzir gargalos no Porto Seco de Uruguaiana

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A audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Uruguaiana para discutir os gargalos que atingem o Porto Seco local,  na sede do legislativo, definiu pela manutenção de um trabalho permanente em torno do problema. Com a presença do prefeito Ronnie Mello e de representantes das organizações envolvidas nas operações voltadas para a exportação e importação, o encontro deixou “clara a necessidade de buscar politicamente as soluções efetivas, a partir das sugestões e reivindicações  apresentadas”, conforme avaliou o proponente do encontro, vereador Celso Duarte (Progressistas). O vice-presidente do SDAERGS (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Rio Grande do Sul), Fabio Ciocca, representando a entidade, afirmou que “todos os envolvidos estão buscando soluções para que se melhore o ambiente de negócios, identificando os pontos sensíveis”.

“Esses obstáculos impactam em todos os envolvidos na cadeia logística de Uruguaiana”, disse Ciocca, frisando que “os despachantes aduaneiros, em diversas reuniões realizada na sede local do Sindicato, apontaram os pontos críticos nas operações de comércio exterior e sugeririam medidas, inclusive a realização dessa audiência pública, acolhida pelo legislativo”. Já o vereador Duarte argumentou que “a Câmara Municipal mostra que pode e tem a missão de se envolver em questões como essa, mesmo que sejam de atribuição federal, como o Porto Seco, porque somos nós que temos a representatividade política de motivar essas discussões e impulsionar até que ela chegar a quem decide”.

A Audiência contou com expressiva representatividade das lideranças uruguaianenses. Na mesa de trabalho, além do vereador Celso Duarte e do prefeito Ronnie Mello, participaram os vereadores Marcelo Lemos, Zulma Ancinello, Carlos Delgado e Márcia Fumagalli , o delegado da Receita Federal, Vilsimar Garcia, o gestor de operações da Multilog, Paulo Borges, os dirigentes da ABTI, Gladys Vinci, e do Sindimercosul, Plinio Fontella e Fabio Ciocca. O encontro foi desdobrado em etapas que examinaram os prejuízos causados pela lentidão nos processos de liberações de cargas, a possibilidade de mudança na legislação e em acordos internacionais, os riscos à segurança de motoristas que aguardam a entrada e saída do país, a precariedade do Complexo Terminal de Cargas em Paso de Los Libres (Argentina) e a necessidade de tratar o assunto em esfera nacional.

Por videoconferência, também manifestaram apoio às demandas e aos encaminhamentos o senador Luis Carlos Heinze (pré-candidato ao governo do Estado), os deputados federais Carlos Gomes, Covatti Filho e  Afonso Motta.  Foi sentida a ausência do DNIT, Polícia Rodoviária Federal e Ministério da Agricultura, órgãos considerados de grande importância para a segurança e o funcionamento do Porto Seco de Uruguaiana. A audiência pública na Câmara durou cerca de quatro horas e pode ser acompanhada na íntegra no facebook da Câmara. O vice-presidente do SDAERGS observou que “vivemos em um ambiente regulatório, o trabalho colaborativo entre ente público e setor privado é importante para que possamos identificar dentro do campo cinzento os ‘gaps’ existentes e, dessa forma, trabalharmos nas melhorias necessárias.”