Brasil deve migrar 22 mil/t de cargas de rodovias para cabotagem, diz Povia

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A matriz de transporte de cargas e de passageiros vive um cenário – já bem conhecido – de desequilíbrio no Brasil, considerando que 58,3% de suas movimentações são feitas por rodovias, 25,2% por ferrovias e apenas 12% pelas águas. O objetivo para os próximos anos é chegar a 29% — quase um terço dessa logística distribuída pelo modal aquaviário, conforme destacou o secretário nacional de portos e transportes aquaviários, Mário Povia. Ele projetou boas perspectivas em torno do programa BR do Mar, que tem a ambição de dar um choque de oferta em termos de frotas, de embarcações com bandeira brasileira, que se dediquem a prover fretes na costa brasileira.

“Já nos primeiros anos, pretendemos migrar 22 mil toneladas de cargas – que hoje estão nas rodovias – para a navegação de cabotagem, uma modalidade de transporte que demanda duas vezes na origem e no destino dos nossos portos, daí a importância de um choque de provisão também na infraestrutura portuária”, durante “5º Seminário Brasil e Noruega: A transformação verde e os reflexos regulatórios nos setores de energia, marítimo e portuário”, promovido nesta terça-feira (27) pela Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito Rio), em parceria com a Associação Brasileira dos Armadores Noruegueses (Abran) e o Real Consulado Geral da Noruega.