Aperto energético faz China recuar na sua meta para renováveis

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Para aumentar o uso de energia renovável, a China estabeleceu metas para que os governos regionais promovam o consumo de energia limpa. Em 2021, o país alcançou apenas o piso da meta nacional, de 29,4%, que representou um aumento de 0,6% em comparação ao ano anterior

A China reduziu a ambição de seu plano de cinco anos para energia renovável, estabelecendo uma meta para a geração de energia renovável representar mais de 50% do aumento do consumo de eletricidade no período 2021-25, de 75% almejados inicialmente.

Em março de 2021, Li Chuangjun, diretor do Departamento de Novas Energias e Fontes de Energia Renováveis da Administração Nacional de Energia, disse que as energias renováveis representariam 75% do aumento no consumo de eletricidade até 2025.

A meta mais baixa está em linha com os planos da China de continuar construindo usinas elétricas movidas a carvão para aliviar a escassez de energia, segundo o 14º plano quinquenal para energia renovável divulgado na quarta-feira pelo governo chinês.

Em meio à crise energética global, a China deve manter suas metas baseadas na realidade de que o carvão é a principal fonte de energia do país, escreveu o presidente Xi Jinping em um artigo publicado em maio na Qiushi, uma revista filiada ao Partido Comunista.

O premiê, Li Keqiang, também ordenou em uma reunião do Conselho de Estado no mês passado para que o país liberasse “a capacidade doméstica de produção de carvão de alta qualidade” o mais rápido possível e removesse as restrições à produção, se necessário, para garantir o fornecimento interno de energia e a estabilidade de preços. Em abril, o governo chinês apresentou um plano para aumentar em 300 milhões de toneladas a capacidade de produção de carvão neste ano.

De acordo com o plano quinquenal revisado, até o fim de 2025, a geração de energia eólica e solar dobrará para 1,45 trilhão de quilowatts-hora de 727,6 bilhões de kWh no fim de 2020.