A mão de obra é o maior gargalo

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Mao de obra do EAS é questionada pela Petrobras

As dificuldades da indústria local em suprir os equipamentos de que precisa, já foi sentida e vieram de Pernambuco. O Estaleiro Atlântico Sul retrata bem essa situação. Fundado em em 2005 pelas brasileiras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão e pela coreana Samsung Heavy Industries, o estaleiro foi idealizado para ser uma referência da construção naval no hemisfério sul.

 

A Transpetro entrou com as encomendas ( 22 petroleiros)e  o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou a maior parte do investimento, 1,3 bilhão de reais. Na prática, porém, o Atlântico Sul se transformou em fonte de atrasos e vexames.Os problemas começaram com o navio, batizado de João Cândido. Ele deveria ser entregue em setembro de 2010, mas foi ao mar em maio deste ano com quase dois anos de atraso. A embarcação virou piada no meio naval. Foi chamada de “navio Suflair, o único com o casco aerado”, por causa dos defeitos de solda. Segundo especialistas dessa área,um petroleiro precisa de 8 milhões de horas/homem para ser construído, enquanto estaleiros de primeira linha levam 350 000 horas.Ninguém, absolutamente ninguém quer falar sobre isso. O silêncio resultou na saída dos coreanos do consórcio. Esse é apenas um dos sinais de que não dá para formar uma cadeia eficiente de fornecedores na correria, ainda mais com fins eleitoreiros.E nem falamos aqui do atraso de entrega do casco da plataforma P-55 montado no EAS e enviada para Rio Grande.O primeiro óleo da P-55 no campo de Roncador, na bacia de Campos, será extraído no final de 2013, um ano depois do previsto.