A Enseada recebeu incríveis 40 aerogeradores em seu complexo logístico portuário que atenderá projeto eólico da CGN Brasil na Bahia

A implantação do Projeto Eólico Tanque Novo na Bahia continua a todo vapor, e a CGN Brasil anunciou que a inauguração do empreendimento ocorrerá em abril do ano que vem. A operação logístico portuária concluída hoje (03/07) no complexo industrial e logístico da Enseada, em Maragojipe, Recôncavo, Bahia, foi um dos pilares do sucesso do projeto.

Foram recebidas 40 turbinas eólicas ( ou aerogeradores) de fabricação Goldwind, mantidas nos 750 mil metros quadrados de área alfandegada do complexo e transportadas por quase 1.000 quilômetros até seu destino. Toda a operação foi realizada em tempo recorde, desde a carga inicial na China até o desembarque final no sul da Bahia. Com uma exceção: o sucesso das atividades deveu-se, em grande parte, a uma inovação de um engenheiro baiano.

Inspirado em uma prancha de surfe, ele teve a ideia de inverter o conjunto (caminhão, suportes e pás) e criou um par de dispositivos que, colocados no reboque especial que transporta as pás no desembarque do navio, permitiam inverter o lado da varredura da pá, que tem 76 metros de comprimento e pesa dezenas de milhares de quilos.

“O transporte tradicional é feito com a cauda voltada para a traseira da carreta. A solução foi desenvolvida por Danilo Oliveira, engenheiro mecânico da Enseada com MBA em Lean Manufacturing. Oliveira também é engenheiro mecânico da Enseada.

Ainda segundo ele, a invenção foi pensada em colaboração com o pessoal da empresa, simulada em software de engenharia e testada no cais da Enseada antes da implantação, garantindo um contrato logístico portuário seguro, produtivo e sem erros em todas as etapas.

“Os aerogeradores foram realocados e mantidos temporariamente em nosso pátio alfandegado por meio de um minucioso procedimento portuário. Por fim, nosso cliente transportou os conjuntos por estrada até a região sul da Bahia”, explica Mário Moura, Diretor de Operações da Enseada.

Carlos Tsubake, Diretor de Negócios da Enseada, cita a consolidação do terminal como um polo que abre novas perspectivas de negócios, gera emprego e dinheiro e contribui para o desenvolvimento regional sustentável como outro diferencial do negócio. “A Bahia possui, na Enseada, um complexo naval, portuário e industrial de classe mundial, fruto de um investimento privado de R$ 3 bilhões, que está preparado para gerar empregos ainda mais qualificados no estado”, promete Tsubake.